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Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

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Doença celíaca: um diagnóstico diferencial a ser lembrado

Celiac disease: a differential diagnosis to be considered

Adliz da Rocha Siqueira, Claudia Salvini Barbosa Martins da Fonseca, Isabela Maria Barbosa de Paula, Marina Magalhaes Novais

Braz J Allergy Immunol. 2014;2(6):241-247

Resumo PDF Português

A doença celíaca (DC) é uma enteropatia imuno-mediada, com uma prevalência de 1:100 a 1:300 indivíduos entre os diversos países. Resulta da interaçao de fatores ambientais (exposiçao ao glúten), predisposiçao genética (presença de HLA DQ 2 e DQ 8) e uma resposta imunológica. Há grupos de risco, aonde a incidência é mais elevada que a da populaçao geral: parentes de primeiro grau de pacientes com DC, diabetes mellitus tipo 1, certas síndromes como síndrome de Down, Turner e Williams, doenças autoimunes de tireoide e fígado, e pacientes com deficiência de IgA. Apresenta-se com uma grande variedade de sinais e sintomas. Os sintomas típicos sao diarreia crônica, esteatorreia e distensao abdominal. As demais manifestaçoes sao bem variadas, incluindo baixa estatura, atraso na puberdade, deficiência de ferro refratária ao tratamento, traumas devido à osteoporose, anormalidades dentárias, urticária, estomatite aftosa, elevaçao de aminotransferases, artralgias e constipaçao crônica. Desta forma, a suspeita clínica de DC deve ser cada vez mais encorajada e questionada, sendo necessário que os profissionais da saúde possam realizar triagem adequada com a dosagem de IgA total e IgA antitransglutaminase e, em casos positivos, realizar biopsia duodenal para constataçao de alteraçao da mucosa intestinal. O tratamento consiste na retirada do glúten da dieta, com melhora total dos sintomas e prevençao de possíveis complicaçoes. Neste relato de caso, quisemos enfatizar a DC como diagnóstico diferencial de alergia alimentar à proteína de leite de vaca nao IgE mediada, e destacar a importância de rastrear DC em pacientes com deficiência de IgA, e de pensar neste diagnóstico em pacientes com urticária crônica sem etiologia conhecida.

Descritores: Doença celíaca, deficiência de IgA, autoimunidade, urticária, hipersensibilidade alimentar.

Respirador bucal e alterações craniofaciais em alunos de 8 a 10 anos

Mouth breathing and craniofacial alterations in students aged 8 to 10 years

Claudia Salvini Barbosa Martins da Fonseca1; Maria de Fátima Pombo March2; Clemax Couto Sant'Anna2

Braz J Allergy Immunol. 2017;1(4):395-402

Resumo PDF Português

OBJETIVO: Identificar respiradores bucais (RB) e descrever os respectivos sintomas e alteraçoes craniofaciais.
MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, descritivo. Incluídos escolares de ambos os sexos, de 8 a 10 anos de escolas municipais de Petrópolis, RJ, Brasil. Selecionados os alunos com critérios positivos para respirador bucal segundo protocolo, e cujas variáveis foram descritas. Os respiradores bucais sem hábitos de sucçao (mamadeira, chupeta, dedo) ou com tais hábitos até 3 anos e 11 meses compuseram a subamostra nomeada como respiradores bucais sem interferência dos hábitos de sucçao.Estes foram examinados pesquisando-se: fácies alongada, vedaçao e conformaçao labial, posiçao da língua, formato de palato e má oclusao. Classificados cornetos nasais inferiores e amígdalas.
RESULTADOS: Dentre 377 estudantes houve prevalência de 243 (64%) respiradores bucais, e 134 (36%) respiradores nasais.Os sintomas mais frequentes na subamostra dos respiradores bucais sem hábitos ou com hábitos até 3 anos e 11 meses em relaçao aos respiradores nasais foram: obstruçao nasal diária (11 vezes), sonolência diurna (9,6 vezes), roncos (7,5 vezes), dormir de boca aberta (6,9 vezes), dificuldade de respirar à noite/sono agitado (5,4 vezes). Alteraçoes do exame físico nos respiradores bucais sem hábitos ou com hábitos até 3 anos e 11 meses foram: língua mais baixa e anterior (93,7%), lábios inferiores com volume e fissuras (88,2%), palato ogival (84,1%), má oclusao (78,6 %) e hipertrofia de cornetos (67,6%).
CONCLUSAO: A frequência de RB foi elevada. Nem sempre a típica fácies do respirador bucal (fácies alongada e boca aberta) foi encontrada, porém a língua anteriorizada e rebaixada, o palato em ogiva e a má oclusao dentária estavam presentes na maior parte da amostra. Os distúrbios do sono (roncos, respiraçao bucal e apneia) podem comprometer o dia a dia da criança, e nem sempre os pais observam e correlacionam estes dados.

Descritores: Respiraçao bucal, criança, arco dental, face.

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